Compreendendo os formatos de endereço do Bitcoin: Legacy vs SegWit

O ecossistema Bitcoin em 2025 estará mais forte do que nunca, com uma capitalização de mercado global ultrapassando US$ 1,4 trilhão e uma estimativa de 200 milhões de usuários de Bitcoin em todo o mundo. Dentro dessa rede em expansão, entender o formato do endereço Bitcoin tornou-se essencial. Endereços legados e SegWit são dois tipos fundamentais de endereços Bitcoin que definem como as transações são estruturadas, processadas e otimizadas na blockchain do Bitcoin.
Você provavelmente já ouviu falar do SegWit — abreviação de Segregated Witness — a atualização de 2017 que tornou a rede Bitcoin mais rápida e econômica. Mas o que exatamente mudou? E como isso afeta sua carteira Bitcoin em 2025? Este guia analisa os principais tipos de endereços Bitcoin — Legacy, Nested SegWit e Native SegWit — para ajudar você a escolher o melhor formato para enviar e receber Bitcoin no mercado atual.
O que é um endereço Bitcoin e como ele funciona?
Um endereço Bitcoin é como o número da sua conta digital. Ele permite que os usuários enviem e recebam Bitcoin (BTC) com segurança através do blockchain. Cada carteira Bitcoin gera múltiplos endereços para privacidade e gerenciamento de fundos. Cada transação registra o remetente e o destinatário usando esses identificadores exclusivos.
Em 2025, havia mais de 1 bilhão de endereços de Bitcoin criados, com cerca de 70 milhões de carteiras ativas (Glassnode, Chainalysis). A média de transações diárias de Bitcoin agora é de 550.000 por dia, com um volume de transações superior a US$ 15 bilhões por dia. Esse crescimento explosivo destaca a evolução contínua de diferentes tipos de endereços de Bitcoin, do Legacy ao SegWit.
Endereço legado (P2PKH): o formato original do endereço Bitcoin
O endereço Legacy, ou P2PKH (Pay to Public Key Hash), é o formato original de endereço do Bitcoin introduzido por Satoshi Nakamoto em 2009. Ele sempre começa com o número “1”. Exemplo: 18sp5z1aYXMXGxef1xiPbCYnspcG8eQznh.
Endereços legados já foram o padrão em todas as carteiras e corretoras de Bitcoin, mas agora são usados para menos de 8% de todas as transações. Eles consomem mais espaço em bloco, resultando em taxas de transação mais altas e confirmações mais lentas. A taxa média de transação do Legacy em 2025 é de cerca de US$ 1,40, em comparação com US$ 0,85 para transações baseadas em SegWit.
Como os endereços Legacy utilizam codificação Base58, eles eliminam caracteres ambíguos como 0, O, I e l, reduzindo o risco de ataques homográficos — métodos enganosos que usam símbolos semelhantes para enganar os usuários. No entanto, o maior tamanho de dados e a ineficiência levaram a maioria dos usuários de Bitcoin a adotar formatos mais recentes.
Endereço SegWit (Testemunha Segregada): A atualização que mudou tudo
O SegWit, abreviação de Segregated Witness, foi introduzido pelos desenvolvedores Pieter Wuille e Greg Maxwell e ativado em agosto de 2017 por meio de um soft fork. Sua principal inovação foi a separação da assinatura da transação (os dados da testemunha) do corpo da transação. Isso reduziu significativamente o tamanho da transação, permitindo mais transações por bloco e reduzindo custos.
Até 2025, mais de 90% de todas as transações de Bitcoin serão baseadas no SegWit (BitInfoCharts). O tamanho médio do bloco cresceu para 1,5 MB, e a rede processa o dobro de transações diárias em relação a 2017. O SegWit também corrigiu o antigo problema de maleabilidade das transações, abrindo caminho para inovações futuras como o Taproot Bitcoin.
Nested SegWit (P2SH): A Ponte de Compatibilidade
O Nested SegWit, também conhecido como P2SH (Pay to Script Hash), começa com o número "3". Exemplo: 3FVeDqkWXGPmgugHD1FLn9xMfeZcF181RG. Ele foi projetado como uma ponte entre o Legacy e o SegWit, garantindo compatibilidade com carteiras e exchanges mais antigas. Aproximadamente 25% de todas as transações em 2025 ainda usam o Nested SegWit, especialmente em plataformas que mantêm infraestrutura mais antiga. Muitas carteiras multiassinatura continuam a contar com o P2SH para maior flexibilidade e segurança.
SegWit nativo (Bech32): o formato de endereço Bitcoin mais eficiente
O SegWit nativo, ou endereço Bech32 (P2WPKH — Hash de Chave Pública Pay to Witness), começa com "bc1". Exemplo: bc1qnnc0enjmp4essg8t8rxqnyg9394qgwjtpngv9. Este formato não diferencia maiúsculas de minúsculas, é leve e totalmente otimizado para carteiras Bitcoin modernas.
Até 2025, os endereços SegWit nativos processarão cerca de 65% de todas as transações de Bitcoin, reduzindo as taxas médias em 40–60% em comparação com os endereços legados. Eles melhoram a escalabilidade do blockchain, aumentam a eficiência das assinaturas e minimizam erros de entrada humana. Todas as principais carteiras de hardware (Ledger, Trezor, Coldcard) e exchanges suportam Bech32, tornando-o o formato preferido pela maioria dos usuários de Bitcoin.
Diferença entre os tipos de endereço SegWit e Legacy
Veja como esses tipos de endereços de Bitcoin se comparam em 2025:
Recurso | Legado (P2PKH) | SegWit aninhado (P2SH) | SegWit nativo (Bech32) |
---|---|---|---|
Prefixo | 1 | 3 | bc1 |
Compartilhamento de uso | ~8% | ~25% | ~65% |
Taxa média | $ 1,40 | $ 1,00 | $ 0,80 |
Compatibilidade | Universal | Compatível com versões anteriores | Requer suporte SegWit |
Velocidade | Mais lento | Mais rápido | Mais rápido |
Eficiência | Mais baixo | Moderado | Mais alto |
Crescimento da adoção (YoY) | -10% | +2% | +15% |
No geral, as transações SegWit dominam a rede Bitcoin, melhorando a escalabilidade e reduzindo as taxas. A taxa média de transação de Bitcoin em 2025 é de US$ 1,04, abaixo dos quase US$ 5,00 de 2021, em grande parte devido à ampla adoção de carteiras compatíveis com SegWit e Taproot.
O papel do Taproot Bitcoin e o futuro das transações inteligentes
Lançado no final de 2021, o Taproot Bitcoin foi desenvolvido com base no SegWit, permitindo scripts avançados, transações com múltiplas assinaturas e maior privacidade. Ele permite que transações complexas pareçam idênticas às simples, melhorando o anonimato sem sacrificar a transparência.
Até 2025, cerca de 13% de todas as novas saídas de Bitcoin usarão endereços Taproot, e a adoção está aumentando constantemente. O Taproot também se integra perfeitamente à Lightning Network, ajudando a processar microtransações e contratos inteligentes off-chain. Essa sinergia aumentou a taxa de transferência de transações e reduziu o congestionamento, tornando a blockchain do Bitcoin mais sustentável.
Considerações finais: do legado ao SegWit e além
A jornada do Legacy para o SegWit representa um dos passos mais significativos na evolução do Bitcoin. Os endereços Legacy ainda são funcionais, mas estão sendo gradualmente eliminados, à medida que o Native SegWit e o Taproot dominam. Com 90% das carteiras agora suportando SegWit e 85% das transações usando novos tipos de endereços, o Bitcoin entrou em uma nova era de eficiência e escalabilidade.
Olhando para o futuro, a comunidade Bitcoin prevê ainda mais melhorias por meio das próximas Propostas de Melhoria do Bitcoin (BIPs), que visam aumentar a privacidade, reduzir taxas e habilitar funcionalidades avançadas de contratos inteligentes. A ascensão do Taproot e das carteiras compatíveis com SegWit garante que o Bitcoin permaneça adaptável, descentralizado e pronto para a próxima década das finanças digitais.